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19 outubro 2012

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Algumas considerações & Mary Cholmondeley

Depois de muito tempo... eu apareci. Pois é, eu sei eu sei, andei um pouquinho sumido. mas agora estou de volta. Andei sumido por dois motivos, primeiro, não estou conseguindo ler (direito) David Copperfield (sim, esse mesmo, um dos romances do Charles Dickens). O livro é muito antigo, e para piorar ainda mais a situação o espaçamento e o número da letra dificultam demais a leitura. De qualquer foram irei ler, bom, pelo menos tentar né. Como todos vocês já sabem, tenho o hábito de ler na rua e principalmente no ônibus. E ler David Copperfield com essa letra minúscula não dá, né? Por esse motivo só lerei Ulysses em casa.

Enfim... Começarei a ler Ulysses de James Joyce. Confesso que estou empolgadíssimo, mas ao mesmo tempo estou morrendo de medo em (tentar) começar ler um livro tão denso e complicado. Já ouvi inúmeras pessoas dizendo que não chegaram até o fim, mas eu chegarei, vocês vão ver. Irei me esforçar ao máximo possível. Prometo.

Mudando de assunto total. Hoje a tarde, estava aqui em casa à toa (esperando o grande momento para ler Ulysses... hahahaha) quando resolvi ler o meu livro de contos. Confesso que nunca fui um leitor assíduo de contos, mas depois desse (por mais que você odeie esse conto ou por mais bobo que pareça) irei me dedicar mais aos contos e consequentemente comprar aquelas coletâneas (é assim mesmo que se diz?) de contos de horror. Sim! Eu adoro terror desde criança, tenho paixão por isso sabe-se lá porque, mas eu adoro.

O conto chama-se "Livre" de autoria de Mary Chalmondeley e encontra-se no livro "Contos de Horror". Encontrei esse livro por sugestão da Denise Mercedes que modéstia parte eu adoro. A história, se não me engano, é contada para a própria autora do livro, já que em nenhum momento o nome de quem ouviu a história e do próprio personagem que viveu a história são revelados.

Uma mulher apaixonada por arquitetura e arte envolve-se com um homem (que futuramente torna-se seu cunhado) numa expedição. Um homem magro com aparência determinada e com seu jeito lento de falar chama atenção da narradora, não pelas características anteriores e sim por sempre usar colarinhos sobre suas vestimentas mesmo no verão. Por diversas vezes a narradora caçoa deste homem por ele usar colarinho e sempre o questiona o por que daquela peça na sua vestimenta, nunca obtendo resposta. Numa noite qualquer, pela trigésima vez, a mulher novamente pergunta o porque do colarinho. E então o homem a responde com a alegação de nunca ter havido uma boa oportunidade para isso. Ai que a história começa...

O homem conta que há uns dez anos atrás ele foi solicitado para escrever um tratado sobre afrescos (aquelas pinturas que ficam no teto das igrejas). Por ter um pai falecido, também arquiteto, o homem teve acesso as anotações de seu pai, e numa dessas anotações continha o endereço de um local com afrescos que despertou seu interesse.

No dia seguinte, ele vai procurar um pouco mais sobre a cidade e sobre a cripta onde se encontra os afrescos. Após idas e vindas, o personagem vai parar numa igreja onde o clérigo possui a chave da cripta onde se encontrar os afrescos.

Após apresentar-se ao clérigo Blake, o homem solicita a chave a Blake para fazer o seu tratado. O clérigo nega a chave por haver uma certa superstição por detrás da cripta. O homem insiste mais uma vez, e então ele cede. Com as chaves em mãos o homem segue o seu caminho em direção a cripta. Um lugar obscuro e tenebroso, com sua única companhia, seu cachorro chamado Brian. Em seu primeiro dia de trabalho, coisas estranhas acontecem... (não vou dizer o que é por se tratar de um conto muito curto, deixo as emoções para vocês).

Após seu primeiro dia de trabalho, o homem volta a igreja e entrega a chave para Blake. Sem ter o que fazer durante o resto do dia, o personagem entretém-se com as pessoas da cidadezinha. Um menino senta ao seu colo enquanto ele faz desenhos de animais...

No dia seguinte após acordar, umas das mulheres da igreja traz seu desejum com uma notícia trágica: o menino que estava sentado em seu colo na noite anterior tinha morrido. Abatido, ele retoma seu segundo dia de trabalho na cripta, passando na sala do clérigo para pegar a chave. Tudo corre bem até chegar o seu terceiro dia de trabalho. Blake, nega a chave nesse terceiro dia, com alegação de duas mortes seguidas, e dessa vez foi seu secretário Abrahm. Segundo o médico, tanto a morte da criança quanto a do seu secretário são desconhecidas, pois ambos os casos possuem marcas de estrangulamentos no pescoço. Por esse motivo o clérigo nega a ida do pesquisador a cripta, tendo como justificação uma superstição da cidade.

Através dessa justificação o leitor entenderá o porque do uso do colarinho. Talvez não seja um final tão surpreendente, mas se tratando de um conto, é um desfecho enigmático e que vale a pena ser lido. Então é isso ai, espero que eu tenha feito a minha parte: despertar o interesse em você, meu leitor (ai que lindo!), de conhecer um pouco mais do mundo dos contos. Até a próxima...


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